22 de maio de 2021

A Garota do Calendário: Maio

Nome: A Garota do Calendário - Maio
Autor: Audrey Carlan
Páginas: 144
Editora: Verus


O quinto volume do fenômeno editorial nos Estados Unidos, com mais de 3 milhões de cópias vendidas Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato. A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil. Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser... Em maio, Mia vai trabalhar como modelo no Havaí, onde conhecerá Tai, um dos homens mais impressionantes que ela já viu. Com ele, Mia vai descobrir que o prazer não tem limites — e que ela deve aproveitar absolutamente tudo o que a vida tem a oferecer.




Eu tinha a expectativa do livro desse mês ser realmente diferente. Afinal, essa seria a primeira vez que Mia não teria que realmente acompanhar seu cliente e ela teria a companhia de sua irmã, Maddy, e sua melhor amiga, Gin, durante um período do mês. Imaginei que seria realmente um ponto fora da curva e que passaríamos a conhecer melhor essas personagens, sem o cliente de Mia interferir na relação.

Mera ilusão. No começo do livro, até passamos a conhecer um pouquinho mais sobre Maddy quando Mia vai conhecer a família de seu novo namorado. Por ter criado a garota, nossa protagonista é super protetora com a irmã e quer garantir que ela não vá se enfiar em nenhuma emboscada.

Pelo pouco que vi de Maddy ao longo do livro, percebi que ela é muito inocente. Não tem como alguém que conviveu com a Mia e com a Gin com a frequência que parecem ter convivido ser tão inocente e boba. Ela não parece mesmo ter 19 anos e nem ser tão inteligente quanto o livro diz que ela é.

Outro fator que eu não gostei do livro foi o estereótipo do Havaí, de Tai e de toda sua família. O livro praticamente impõe que samoano é sinônimo de havaiano. Eu até pesquisei para ter certeza de que não estava me incomodando a toa - aparentemente, a cultura de Samoa foi uma das que influenciou a população nativa do Havaí, apesar de não ter sido a única. A família inteira de Tai é super orgulhosa de ser de Samoa (então porque não vivem lá?) e seguem todas as tradições (são todos tatuados, saem andando por aí de biquíni). Eu não deveria me incomodar com isso, porque a autora já repetiu diversas vezes estereótipos sexuais, mas ela conseguiu se superar colocando todos os jovens da família de maneira sexualizada (principalmente os homens, por conta da Mia).

A relação entre ele e Mia também me pareceu bem forçada. Para um homem que procura um relacionamento e construir uma família, ele parecia muito focado apenas no lado sexual da relação - mesmo antes de ter certeza que eles não formariam um casal para valer.

Isso tudo sem considerar o fato de que não faz sentido nenhum apenas Mia e Tai terem direito a um bangalô em uma praia deserta, sendo que muitas outros modelos também estão trabalhando na campanha. 

Enfim... Esse tinha tudo para ser um dos melhores livros da série - em que Mia realmente passava um tempo com ela mesma, refletindo sobre o ano em que está vivendo, aproveitando a companhia de quem realmente importa para ela e conhecendo o Havaí, mas só foi mais um livro mostrando como ela não consegue pensar sem sexo envolvido e que ela não consegue refletir se não tiver um homem do lado para abrir a cabeça (e as pernas) dela.

Depois desse livro, confesso que estou bem desanimada para continuar a série - afinal são mais 7 volumes. De qualquer forma, ainda estou curiosa para o que vai acontecer quando Mia finalmente conseguir o dinheiro que precisa para salvar seu pai.