28 de janeiro de 2010

Duas rainhas, diferentes governos

A rainha Elisabeth, que governou a Inglaterra no sec. XVI e a rainha Margot, que não chegou a ser realmente uma rainha francesa, mas sua família estava no poder durante o mesmo século.

Apesar de estarem em governos em praticamente na mesma época (Elisabeth em 1585 e Margot em 1572), a política de ambas é diferente. Enquanto a primeira tinha uma monarquia parlamentar, a França tinha uma monarquia absolutista, o rei sempre dava a ultima palavra.

Margot, a princesa da França, teve de se casar com Henrique de Borboun, um protestante. Como a nobreza, de maioria católica, não estava sendo apoiada pelos burgueses protestantes, obrigaram a princesa a se casar para conseguir obter a paz na França.

Já a rainha Elizabeth era totalmente apoiada pela burguesia, que tinha mais força no parlamento. Os nobres queriam que a rainha se casasse para que, tendo um marido nobre, que ajudasse a nobreza inglesa e fosse mais influenciado, fazendo coisas que a beneficiassem.


12 de janeiro de 2010

Cadê minha comida?!


Imagem retirada de Getty Images

Um dia, resolvi dar uma festa. Convidei muita gente, mas apareceram mais que o esperado. É claro que ter penetras na sua festa não é bom, mas isso significa que a festa estava boa! Os jovens que estavam lá começaram a mexer no som e colocar aquelas músicas esquisitas que ele ouvem. E realmente era estranha! Parecia que estavam construindo algo de madeira! Sem querer ofendê-los, mas essas músicas são horríveis!

Depois da festa, a casa estava uma bagunça. Isso é ruim em morar sozinho: ter que arrumar tudo sozinho. Ao acabar, fui buscar algo para comer, mas os convidados esvaziaram minha geladeira. Fui ao supermercado e comprei estoque para a semana inteira (Assim não precisaria voltar ao supermercado, o que acho uma perda de tempo).


No dia seguinte, abri o armário para pegar meu terno e, pelo amor de Deus!, como meu armário fedia! Abri a geladeira e peguei um iogurte para tomar a caminho do trabalho. Sempre compro o número certo para tomar todo dia.

Antes do fim da semana, os iogurtes já haviam acabado! Estranhei, já que sempre compro o número certo, mas errar é humano, fazer o quê? Já à noite, a comida do jantar também acabara. Ou estou ficando louco, ou errei nas comprar dessa vez! Resolvi comprar tudo de novo, para durar uma semana e, agora, certo.

Em menos de uma semana, de novo, a comida acabou. Estranhei muito. Como é que estava acabando tão rápido? Será que eu estava comendo sem perceber? Já ouvi falar de muita gente que come algo e quando vê já acabou! Será que EU agora era uma dessas pessoas? Por precaução, resolvi comprar uma câmera para saber se eu sou sonâmbulo e roubo minha comida a noite ou o que estava acontecendo.


Cheguei em casa do trabalho, guardei meu terno no armário (que continuava fedendo – precisava chamar alguém para ver o que estava acontecendo), e liguei a TV. Ao colocar o vídeo da câmera, fiquei surpreso: uma mulher entrou pela porta da cozinha, pegou MINHA panela e fez o MEU macarrão para si. Então, após comer tudo, lavou a louça. Logo, abriu a geladeira e tomou o MEU iogurte! O pior foi que, depois disso, ela saiu pela porta da cozinha como se estivesse em sua própria casa – como se fosse a coisa mais normal do mundo.


Chamei a polícia, que veio rapidamente e se pôs a procurar a mulher. Abriram o armário onde eu guardo meu terno (estava fedendo mais que nunca), começaram a bater no piso e... Lá estava ela: a minha que roubava MINHA comida e ainda tinha a cara-de-pau de alojar-se na MINHA casa.
Agora, de uma coisa tenho certeza: nunca mais dou uma festa em casa!

11 de janeiro de 2010

O que é isso?


Imagem retirada de Getty Images

Estava passeando com a minha cadela, em pleno parque Ibirapuera. De repente, passei na frente de um roda. Todos batendo palmas, gritando. Eu, curiosa, aproximei-me para ver melhor. Algumas pessoas que saíam de lá estavam sorridentes, outras apavoradas e minha curiosidade só crescia. Peguei minha cadela no colo e tentei me misturar com a multidão.

Eu estava meio amassada no meio de tanta gente, mas, mesmo assim, continuei andando, afinal, se alguém realmente é curioso, não dá para fazer nada. E fui caminhando... Aquilo parecia sem fim! Quando finalmente cheguei no meio, vi um homem sorrindo olhando para os lados. Próximo a ele, um pitbull, olhando para minha cadela. Começou a latir, o homem olhou para mim e começou a andar em minha direção. Tentei voltar para o meio do povo, que me empurrava para frente, impedindo minha passagem. Minha cadela rosnou para o cachorro e pulou para cima dele. Seu dono me olhou, e colocou as mãos no bolso.

Fiquei desesperada. À medida em que ele se aproximava, me apavorava mais. E piorou quando vi minha cadela brigando com o pitbull, e, é claro, perdendo a briga. Fecho os olhos e grito, assustada. Quando os abro, meus pais e minhas cadela estão em meu quarto, perguntando o que aconteceu: “Apenas um pesadelo”.

10 de janeiro de 2010

Espionagem Canina


O meu sonho sempre foi ganhar um cachorro. Não importava a raça, cor, o tamanho... O que eu queria mesmo era ter um cãozinho. Meus pais não compravam com a desculpa de que tinham que achar um lugar bom, onde os animais tivessem pedigree, mas nem se preocupavam em procurar.

Um dia, quando estava saindo da escola, um homem bem alto, com nariz pontudo e cabelos louros veio falar. Assustei-me com alguém assim vir atrás de mim, mas virei, olhei em seus olhos escuros. O rapaz abriu um sorriso e começou:

“Olá, linda garota! Eu sou Jaime. Qual seu nome?”
“Me chamo Juliana. O que você quer?”

Jaime pareceu estranhar a pergunta, mas respondeu:
“Eu vendo cachorros. Eles vêm treinados, têm pedigree. E o melhor de tudo: a raça que você quiser!”

Quando lhe disse que meu sonho era ter um bichinho de estimação, ele me deu seu cartão e, sorrindo, agradeci.

Nem cheguei em casa direito e já fui falando à minha mãe que tinha achado o lugar perfeito e que poderíamos buscar nosso cãozinho naquele dia mesmo. Como eu lhe estava pedindo a mesma coisa fazia anos e tinha achado um lugar para comprar, mamãe concordou comigo e já saímos a caminho de colocar mais um membro na nossa família.

Aquele lugar era o paraíso. Tinha todo tipo de cão, das mais variadas raças e cores. Fiquei em dúvida. Como iria eu escolher um só? Foi então que vi Jaime e pedi para que me ajudasse. Perguntou se eu queria um esperto. Respondi que sim. Então me levou a uma raça chamada Border Collie, que é a mais esperta que existe. Tinha um macho e uma fêmea. Peguei o primeiro e fui testá-lo, para ver se vinha treinado mesmo. Obedeceu-me em todos os comandos, certinho. Sem erros.

“Filha, você não quer pegar um cachorro para treiná-lo em casa?” Meus pais não paravam de perguntar.
“Não” Eu dizia “Treinado é melhor!”

Até hoje eu me arrependo de ter dito isso, mas assim é a vida. Um dia você afirma algo com tal precisão que até parece realidade. No outro percebe que não é nada assim.

Então levamos Satã, meu novo melhor amigo, para casa. E passou-se uma semana. Duas. Três... Cada dia que passava eu me apaixonava mais e mais por aquela criaturinha. Foi na quarta semana que tudo começou, eu me lembro direitinho.

Satã sumia. Literalmente sumia. Eu voltava da escola e ficava procurando meu cachorro pela casa inteira, mas nunca o achava, o que era totalmente estranho, já que Border Collie não é uma raça pequena. Achando tudo muito suspeito, resolvi segui-lo para ver onde ele passava suas tardes.

Faltei na escola só para observar o bicho. Nesse dia, ele não sumiu. Me fez companhia até a hora de dormir. Acho que não queria que soubesse. Mas, é claro, continuei curiosa. E essa curiosidade era tanta que eu comprei uma mini-câmera, daquelas de espião, para ver o que Satã aprontava.

Cheguei da escola e, como de costume, fui procurar o meu amado cãozinho. Como não o achei, para variar, liguei a televisão e conectei-a à câmera. O que vi aquele dia está gravado na memória até hoje. Jaime olhava atentamente para Satã, que parecia dizer-lhe algo. E, assim que entedia, anotava tudo num bloquinho. Depois de um tempo, entrava outro homem na sala e os dois comentavam o que estava escrito, e ouvindo tudo, para minha surpresa, o que tinha no bloquinho era a rotina da minha família.

Avisei minha mãe, ela insistiu que eu estava inventando. Contei a meu pai, que falou que não se brinca com coisa séria. Para provar-lhes que eu não estava louca, deixei a fita para gravar e mostrar o que Satã realmente fazia. Dessa vez, os ladrões marcaram que assaltariam minha casa às dez horas da noite do dia seguinte. Meus pais, ao ver a fita, impressionaram-se e acabaram mandando-a para a polícia.

No dia seguinte, estavam todos em casa, inclusive os policiais. Deu dez horas. Nada aconteceu. Onze horas. Nada. Todos me acharam uma piadista, foram embora. Meus pais me bronquearam e foram dormir. Fui para meu quarto e dormi também.

De manhã, ao acordar, não vi nada em meu quarto. Ele estava vazio. Passei pela sala, sem nada, nem um lustre. Dei um grito. Meus pais acordaram e saíram correndo pela casa. Só tinham sobrado as camas e uma televisão com um vídeo. Fui assisti-lo.


Na tela, Jaime apareceu, e ele dizia: “Já sabia que você estava me vendo. Planejei tudo, cada detalhe. Agora seu Satã voltou ao lugar dele e está esperando sua nova vítima”.

Teimosia em pessoa

Lá estava eu de novo, no cinema com o Felipe, quando ele me pediu em namoro. Eu gosto dele, muito, mas se meu pai soubesse disso, eu teria um grande problema. Na hora eu não havia pensado nisso. E aceitei. E na semana seguinte, todas minhas amigas já sabiam.

Eu estava feliz, mas ainda não tinha contado a novidado ao meu pai. Um dia, Christiane, uma das minhas melhores amigas, veio almoçar em casa e, sem querer, deixou escapar, enquanto estávamos no carro:

“Gi! Como vai o Felipe?”
“Quem é Felipe, Giovanna?” Exclamou meu pai
“Bom, pai” eu hesitei um pouco, mas falei “Eu estou namorando.”

Meu pai ficou mudo. Chris até estranhou ele não ter falado nada durante o almoço. Passado uns três dias, ele só falava comigo se fosse extremamente necessário. Parecia me evitar. Foi então que veio a notícia: “Giovanna, vamos nos mudar. Para outra cidade.”.

Eu, é claro, fiquei sem reação. Só porque eu estava feliz agora, com meu namorado e minhas amigas! Não acreditava no que ele havia feito. Saí correndo e fui chorar no meu quarto. Fiquei triste, abalada com a notícia, por uns três dias.

No fim de semana, liguei parar o Felipe e combinamos de nos encontrar dali a pouco, numa pracinha. Ainda não tinha contado a decisão do meu pai. Quando cheguei lá e ele me viu, já percebeu que havia algo de errado e já foi perguntando o que era.

Depois que contei, ele pareceu meio decepcionado, mas falou que daríamos um jeito nisso. E propôs conhecer meu pai. Afinal, se eles se conhecessem, era capaz de meu pai gostar dele e tirar a idéia maluca da cabeça.

Então, o Felipe vinha almoçar em casa na segunda. Eu estava ansiosa para ver o que papai achava dele. Mas, ao contar o que planejava, meu pai me pegou de surpresa: “Giovanna, não dá! Nosso avião sai domingo à noite”

Fiquei desesperada e liguei para meu namorado para contar a desgraça. Mas ele não perdia as esperanças (uma coisa que eu amo nele) e disse que conheceria meu pai e o faria mudar de idéia de qualquer jeito. Ele só não me disse seu plano.

No domingo de manhã, meu pai me acordou cedo, com um buquê de flores na mão. Felipe tinha deixado para mim. Então pediu para me arrumar e descer para tomar o café-da-manhã. Fiz o que mandou.

Quando cheguei na copa, quem estava lá? O Felipe! Ele e meu pai estavam conversando como se fossem amigos há muito tempo. E eu gostei de ver aquilo.

Se meu pai não fosse tão teimoso, era capaz de ter conhecido meu namorado antes e não inventar essa história maluca da mudança. É, ele realmente inventou. Achou que se eu achasse que iria me mudar, eu terminaria com o Felipe. Isso que dá ter um pai ciumento!

Baseado no filme: Contos de Nova York, do Woody Allen