20 de fevereiro de 2018

Black Mirror: 4ª Temporada


Mais uma temporada de Black Mirror e é claro que eu tinha que comentar sobre ela, né?

USS Callister


Inspirado em Star Trek, o episódio mostra um tipo de videogame em que é possível clonar uma pessoa real para dentro do seu jogo preferido. Aqui, o jogo foi criado por um gênio incompreendido, que decide clonar todos os seus desafetos para o jogo e os mesmos precisam aprendem a lidar com ele - senão vão

Mas as pessoas que foram clonadas não fazem ideia do que aconteceu - só acordam inesperadamente num mundo completamente diferente e tem que aprender a viver por lá.... e principalmente aprender a conviver com alguém que é completamente diferente no mundo real. Imagina que desespero? Será que eles vão se safar?

Arkangel


Esse foi um dos episódios mais criticados da temporada, mas eu gostei bastante. No episódio, uma mãe decide instalar um chip na cabeça de sua filha, com o intuito de poder rastreá-la caso a menina se perca. Mas o chip é muito mais do que isso: ele permite que a mãe veja tudo o que a filha vê, e bloquear tudo o que possa ser traumático para a criança. Mas a proteção excessiva pode se tornar um problema quando a filha cresce - e tem sua privacidade invadida por conta do dispositivo.

Crocodile


O episódio começa com Mia voltando de uma festa, junto com Rob, até que eles atropelam um ciclista acidentalmente. Ela ajudou a encobrir o crime, que nunca foi descoberto. Quinze anos depois, Mia tem uma vida ótima - é feliz no casamento, tem um filho e tem uma carreira de sucesso.

Tudo parece perfeito, mas Rob reaparece para contar que quer confessar o crime. E é claro que ela tem que impedir isso de acontecer. E isso cria um efeito borboleta, quando ela presencia um acidente de trânsito - e precisa ter suas memórias revisitadas para descobrir o que realmente aconteceu naquele dia.

Eu fiquei um pouco agoniada com esse episódio, que não está entre os meus favoritos. Mia é uma pessoa fria, pronta para fazer o que for para manter sua vida perfeita - por mais difícil que seja. E isso me deixou realmente aflita.

Hang the DJ


No futuro, todas as pessoas têm um dispositivo que controla a sua vida amorosa. Ele mostra quem será seu próximo encontro e quanto tempo esse relacionamento vai durar. Logo conhecemos Frank e Amy, que estão no seu primeiro encontro com esse dispositivo - e os dois não vão ficar juntos por muito tempo. Mas será que o dispositivo sempre acerta?

Achei esse episódio bem fofo, e ele se tornou um dos meus favoritos da série! Apesar disso, não curti muito o final - achei uma alternativa muito fácil e que não explica muita coisa. Fiquei bem curiosa para saber mais sobre esse mundo!

Metalhead


No futuro, os humanos estão sendo massacrados - e estão sendo caçados por cães-robôs. Bella tem uma missão: ir até um galpão, pegar uma mercadoria específica, e voltar para seu grupo. Mas nada é tão fácil como parece - e um dos cães aparece no galpão, pronto para persegui-la e extermina-la durante todos os episódios.

O episódio é filmado em preto e branco - o que eu achei que fosse me incomodar, mas foi bem tranquilo. Achei aflitivo, por conta da perseguição sem fim, e principalmente no final, quando descobrimos qual era a mercadoria que fez com que a protagonista passasse por tudo o que passou. Não gostei muito de saber o que exatamente aconteceu para que o mundo ficasse daquele jeito (sim, eu amo esse tipo de explicação), mas o episódio é bem interessante.

Black Museum


Esse episódio é o maior easter egg de todas as temporadas! Ele mostra simplesmente um museu com muitos dos objetos que aparecem nos outros episódios da série - todos eles que foram objetos de algum tipo de crime. Ao mesmo tempo que o próprio episódio tem uma história, ele também conta a história de outros objetos que estão no museu, mas que não apareceram em nenhum outro episódio da série.

O primeiro objeto é um capacete que permitia a um médico sentir o sintoma de seus pacientes, permitindo um diagnóstico mais rápido - mas por um efeito colateral, o médico passa a ficar viciado em dor e disposto a fazer qualquer coisa para continuar sentindo. A segunda história mostra uma mulher em coma que tem sua consciência transferida para a mente de seu marido - o que pode gerar um grande conflito.

Por fim, temos a atração principal do museu: um condenado que teve sua consciência clonada e pode ser executado por qualquer um dos visitantes - e, é claro, todos vão assistir o sofrimento real de uma pessoa sendo eletrocutada, e levar um souvenir de lembrancinha... Mesmo não sendo uma pessoa, será que isso é ético?



A série, como sempre, levanta muitas questões quanto à relação dos seres humanos com a tecnologia - principalmente com a possibilidade de a mesma afetar a nossa mente. Não acho que essa foi a melhor temporada, mas mesmo assim é muito boa - e não perdeu a qualidade incrível que a série tem!