12 de setembro de 2017

It - A Coisa

Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado "Losers Club" - o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do "Losers Club" acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.
Bill, Eddie, Stanley e Richie foram o "Clube dos Otários", que sofrem bullying na escola, mas apreciam a companhia uns dos outros e não deixa isso afetar suas vidas. No final de 1988, o irmão mais novo de Bill, Georgie, sumiu misteriosamente, sendo visto a última vez próximo ao bueiro da rua. Esse foi apenas o primeiro de muitos desaparecimentos que seguiriam nos próximos meses.

Nas férias de verão, já em 1989, Bill convence seus amigos a investigarem esses desaparecimentos. No período, o grupo é ampliado: Beverly, Ben e Mike. Eles se uniram não apenas por conta do bullying, mas também para tentar sobreviver diante dos problemas que surgem na cidade.

E, é claro, quem assombra a cidade é o palhaço Pennywise, que sempre tenta conquistar as crianças - para que elas se aproximem - e depois se diverte ao se transformar nas suas maiores fobias, para sequestra-los e come-los. Eu ficaria muito assustada com a Coisa solta pela minha cidade!


O legal é que todos os personagens são muito bem construídos. Vemos o plano de fundo de todos eles - os problemas familiares, os medos de cada um, a relação com os amigos. E a distância entre os adultos e as crianças fica ainda maior porque aqueles não conseguem ver o que assusta tanto os menores.

E é claro que não posso deixar de elogiar a atuação de Bill Skarsgård, que interpreta o palhaço, e consegue transmitir esse misto de loucura com assombração, que sem dúvidas faria com que eu - que nunca tive esse problema - começasse a temer os palhaços que eu visse por aí.

Para quem curtiu Stranger Things, que se passa nos anos 80, vai gostar das semelhanças (inclusive com a presença de Finn Wolfhard, um dos protagonistas da série da Netflix) - a bicicleta, o walk talk, o grupo de pré-adolescentes procurando algo sobrenatural... Sem dúvidas o filme visa alcançar o mesmo público órfão da série!

Eu não li o livro de Stephen King, então não tenho comentar sobre a adaptação. Mas como filme independente, está incrível! E é claro o toque sombrio de King, com aquela Coisa sobrenatural que não conseguimos entender, que é assustadora, perversa e imprevisível - e que me fez pular muitas vezes no cinema!