Corte de Espinhos e Rosas
Páginas: 434
Editora: Galera Record
Depois de anos sendo escravizados pelos feéricos, os humanos enfim se rebelaram; mas a liberdade tem seu preço e, em meio a batalhas épicas, um Tratado é forjado para selar a paz e determinar os espólios de guerra. Uma muralha mágica então separa as espécies. Do lado feérico, mistério; do humano, apenas medo, desconfiança e dificuldade.Num mundo sem futuro ou esperança, Feyre, filha caçula de um mercador humano falido, se torna caçadora para sustentar a família. Dura como as flechas que carrega, letal como sua pontaria, ela abandona as fantasias de garota pela árdua vida nas florestas ao redor de sua aldeia.Sua única alegria é observar as cores e sonhar em capturá-las. Mas, na floresta coberta de neve, tudo é branco e árido; como o ódio pelos feéricos que carrega no coração; como as telas que não pode comprar ou colorir. Até que um enorme lobo cruza seu caminho... Sem hesitar, Feyre dispara... uma flecha. Um ato de rebelião.Após matar o lobo, uma criatura bestial surge, exigindo uma reparação. Arrastada para além do muro, para uma terra mágica e traiçoeira - que ela só conhecia por meio de lendas -, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, Grão-Senhor da Corte Primaveril. Um feérico com um segredo, escondido sob uma máscara.À medida que ela aprende mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade a uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas, e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.
Feyre é o sustento de sua família. Eles têm uma vida extremamente humilde, mas já foram ricos um dia. Quando faliu, os credores de seu pai o deixaram alejado - motivo pelo qual ele nunca foi atrás de emprego. Suas irmãs também cresceram para serem donas de casa, e nunca se esforçaram para tentar ser algo a mais. Feyre percebeu que se não se mexesse, eles não sobreviveriam. Então aprendeu a caçar. E aprendeu a negociar aquilo que encontrava no bosque da melhor forma possível. Pelo menos, não passariam tanta fome.
Um dia, durante suas caçadas, ela encontra um lobo diferente de qualquer outro que já tinha visto antes. Ela imaginou que ele poderia ser um feérico, um ser imortal que vive do outro lado da muralha e cuja raça escravizou os humanos durante séculos. Tudo o que ela ouvira falar sobre eles fazia com que o mero encontro com um colocasse sua vida em perigo. Então ela fez o que qualquer um faria nessa situação - pegou uma flecha de freixo, a única que poderia matar esse ser, e atirou.
E ela não imaginava que isso mudaria sua vida para sempre.
Esse livro me chamou a atenção desde seu lançamento. Sempre gostei de releituras de contos de fadas e sabia que esse livro era uma releitura de A Bela e a Fera, um dos meus preferidos. Na época do lançamento, eu vi muita gente elogiando - e isso não mudou até hoje, Acotar é uma das séries que virou queridinha não só no booktok, mas entre boa parte dos leitores! Demorei para começar a ler, mas aproveitei uma promoção e já comprei a trilogia toda para ler de uma só vez!
A escrita de Maas é cativante e sem dúvidas fez com que eu tenha vontade de ler os outros livros escritos por ela! A construção da protagonista é incrível - mesmo sendo tratada de forma bem diferente do que esperava, ela demorou para se desfazer de suas crenças e perceber que tudo o que ela sempre acreditou não era bem verdade.
O universo do livro é muito rico - a divisão entre feéricos, grão-feéricos e humanos, as disputas internas que Feyre mal imaginava que existiam - e sem dúvidas abrem margem para muitas histórias pela frente. A própria releitura da Bela e a Fera também foi feita de forma incrível - a praga que assola o reino, que colocou máscaras em seus rostos ao invés de transformá-los em louças; a maldição que tinha um tempo para ser cumprido, sempre se relacionando ao amor... E, é claro, os desafios que mostram que nossa protagonista é realmente forte.
Terminei o livro com um sorriso no rosto e uma pulga atrás da orelha. Por um lado, parece um final feliz, digno de contos de fadas. Por outro, a autora deixou uma única pontinha solta, que com certeza vai te deixar com a dúvida: será que esse é mesmo um final feliz??
0 comentários!