17 de maio de 2020

Memórias de Ontem


Taeko é uma mulher solteira de 27 anos que se dedica apenas ao trabalho. Ela sai de sua nativa Tóquio pela primeira vez e viaja a Yamagata para visitar a família da irmã durante a colheita anual de açafrão-bastardo. Ao longo da viagem, ela começa a questionar se sua vida estressante é o que desejava quando jovem.
De todos os filmes do estúdio Ghibli, esse foi um dos que menos gostei. Durante todo o filme, a Taeko fica lembrando do passado, se remoendo de algumas coisas que aconteceram quando era adolescente enquanto está de férias do campo - um desejo que sempre teve quando naquela época.

O filme todo me trouxe um sentimento de melancolia, de alguém que não consegue se desprender do passado para aproveitar o futuro. E imagino que isso seja algo que a história realmente tenha querido trazer - a personagem estava aprendendo a viver o hoje ao invés de focar naquilo que estava lá atrás.

Apesar da história não ter me atraído muito, achei interessante a forma como o desenho foi feito. Nos momentos em que estamos no presente, o desenho é de uma forma. Quando entramos nas memórias da personagem, o foco é onde ela está, de modo que as bordas da imagem acabam se perdendo um pouco. Realmente parece um pouco com nossas lembranças, em que focamos apenas no principal. 

Mais uma vez percebi um tiquinho da temática ambientalista - em pleno 1991, os personagens já estavam conversando sobre alimentação orgânica e o motivo pelo qual optavam por isso. Apesar de ter sido uma cena pequena, me chamou a atenção.

Esse é um dos filmes que eu não faria questão de assistir mais uma vez, mas mesmo assim, acho que é interessante para conhecermos esse lado do estúdio que foge da fantasia e conta mais sobre a vida como ela é.