14 de novembro de 2017

Capitão Fantástico

Ben tem seis filhos com quem vive longe da civilização, no meio da floresta, numa rígida rotina de aventuras. As crianças lutam, escalam, leem obras clássicas, debatem, caçam e praticam duros exercícios, tendo a autossuficiência sempre como palavra de ordem. Certo dia um triste acontecimento leva a família a deixar o isolamento e o reencontro com parentes distantes traz à tona velhos conflitos.
Ben cuida de seus seis filhos isolado do mundo, sem a necessidade de qualquer ajuda de fora. Ele educa as crianças para serem superiores ao americano comum: devem ter a capacidade de falar muitas línguas, discutir profundamente os mais diversos assuntos e fazer exercícios para ter a capacidade de um atleta.

Além disso, ele não mente para os filhos - independente de qual seja o assunto. Foi assim que contou para as crianças o que aconteceu com a mãe deles: ela se suicidou, em decorrência de sua bipolaridade. E os filhos decidem que vão para seu funeral... o que faz com que eles saiam de seu isolamento e passem um período em sociedade - mas será que eles conseguem viver por lá?


O filme é muito bom. A história não é muito complexa - mostra basicamente a ida da família para o funeral e como é sua relação entre si e com os outros. Não tem muitos acontecimentos, mas mesmo assim a história nos prende até o final, de tão interessante e diferente que a vida da família de Ben é.

É incrível ver a diferença entre a educação que Ben dá para os filhos e a educação convencional de um adolescente - o que até dá um toque de comédia para o filme. Ao mesmo tempo, esse contraste faz com que nós pensemos no sistema de ensino que temos hoje e na sua funcionalidade no dia-a-dia. Será que estamos mesmo seguindo no caminho certo? Será que não precisamos de um meio termo?