20 de março de 2016

O Quarto de Jack


Jack passou a vida inteira trancado em um pequeno quarto com sua mãe, Joy. Ele sempre acreditou que aquele espaço era o mundo inteiro! O único contato com o exterior ocorria por meio de uma televisão - que o garoto acreditava passar apenas ficção -, por uma claraboia apontada para o céu, e pelo Velho Nick, que trazia o necessário para manter os dois vivos. 

Quando Jack completou 5 anos, sua mãe resolveu contar a verdade. O mundo era muito maior: tudo aquilo que ele via na televisão realmente existia e cabia no mundo. O Velho Nick era, na verdade, mal - ele que trancava os dois naquele quarto, e impedia que saíssem. Com a verdade, Joy elabora um plano para escapar do cativeiro, com a ajuda do filho, para que eles possam, finalmente, ter liberdade.


O filme é separado em duas partes. No início, o momento em que mãe e filho estão no Quarto. Mesmo diante das circunstâncias, Joy consegue criar uma infância feliz para Jack e impedir que saia daquele pequeno mundo com um grande trauma. Na segunda parte, vemos os dois fora do Quarto - e como Joy fez um ótimo trabalho ao criar Jack.

É incrível ver tudo pelos olhos de Jack. Ele narra, em alguns momentos, como vê o mundo. De início, separa bem aquilo que é, ou não, real, a depender do que poderia caber dentro do Quarto, ou do que ele já tinha visto antes. Depois, vemos Jack renascendo, com um mundo muito maior do que ele poderia sequer imaginar - e se adapta muito bem à essa nova realidade.

Joy, por outro lado, tem maior dificuldade de se readaptar à sua antiga realidade, principalmente ao ver os rumos que sua vida poderia ter tomado se não tivesse resolvido ajudar um estranho e seu inexistente cachorro machucado.


Sobre os atores, Brie Larson realmente mereceu seu Oscar de melhor atriz! Ela estava ótima no filme e era possível sentir a carga emocional por trás das expressões da personagem. Jacob Tremblay também estava incrível como Jack - e, para aqueles que ainda não conhecem o ator, vale a pena dar uma espiada em seu instagram, já que ele é um fofo e é bem engraçado!

Vale muito a pena assistir e conhecer essas diferentes realidades, ver como uma mesma situação pode parecer tão diferente diante dos olhos de duas pessoas. O filme toca, nos deixa aflitos, emocionados, e, sem dúvidas, saímos com um sorriso no rosto. A única coisa que me assusta é saber que essa situação não é apenas ficção, mas que existem histórias como essa... E nem sempre as condições são as mesmas que as do filme - Joy realmente foi uma heroína de conseguir sair de lá sem deixar que seu filho fosse prejudicado pela situação.

Confira o trailer!