8 de junho de 2009

Máscaras: benefício ou não?

O mundo contemporâneo exige o convívio em sociedade. Para isso, os indivíduos passam a agir de maneira a agradar a todos, desenvolvendo, ao longo da vida, diferentes personalidades, que variam de acordo com o lugar ou o que as pessoas exigem.



Essa troca de máscaras que ocorre ao longo da vida se justifica pela facilidade que a acompanha: agindo de acordo com o pensamento de certo grupo, fica mais fácil de o indivíduo vir a integrá-lo. Se alguém agisse no escritório do mesmo modo que age quando está no bar, teria muita chance de ser demitido, por exemplo. Usar a máscara adequada na situação certa aumenta, em muito, as chances de a pessoa ser bem aceita.


Apesar dessa facilidade, as diversas máscaras podem levar a uma falta de conhecimento sobre o "verdadeiro eu" de cada indivíduo. Um exemplo pode ser o do protagonista do conto "O espelho", de Machado de Assis, no qual o jovem não se enxergava mais sem a farda da Guarda Nacional - não conseguia mais voltar a sua real personalidade.


Agir de acordo com a sociedade pode ser vantajoso até o momento em que cada indivíduo consegue definir quando deve usar a máscara e quando deve mostrar seu verdadeiro rosto. O indivíduo precisa saber diferenciar em que momentos a máscara é necessária, para que, assim, não a use por tempo demais - o tempo necessário para que essa máscara se torne permanente.