10 de fevereiro de 2009

Clonagem de cães e um mistério por trás de tudo

Eu fui checar meu e-mail, e achei uma chamada pra uma notícia que me chamou a atenção: " Clonar cachorros é a nova moda entre norteamericanos endinheirados.".


Bom, antes de qualquer coisa vou dizer que eu acho isso errado. Quer dizer, que tipo de gente, depois de ter seu cachorro morto, clona ele para ter outro igual? O cachorro pode até ter as mesmas características, os mesmos genes e tal, mas isso não significa que é o mesmo cachorro: clonar não é ressucitar. Como a veterinária brasileira Verena Béck diz: "Cada um tem suas próprias características, que são adquiridas ao longo da vida e não apenas geneticamente herdadas. Não é possível clonar a alma de ninguém"



A primeira clonagem comercial foi feita em Julho de 2008, realizado pela empresa coreana "RNL Bio". O pedido de clonagem foi feito pela americana Bernann McKinney. Seu pit bull terrier, Booger, havia morrido e ela o queria de volta, já que, segundo ela, ele era seu "parceiro e amigo". Para fazer o clone, a empresa tirou células da orelha do pit bull, usando-os para fecundar o óvulo de duas cadelas que serviram de barriga de aluguel. McKinney pagou cerca de R$250 mil para conseguir 5 cópias identicas de Booger. A empresa coreana afirma que essa foi a primeira clonagem comercial com resultado positivo.


Depois da iniciativa de McKinney, outras pessoas procuraram clonar seus cães falecidos. Edgar e Nina Otto, por exemplo, ao descobrir que seu labrador, Lancelot, sofria de cancêr, resolveu utilizar a clonagem. O doador do DNA morreu no início de janeiro e seu 'substituto' chegou no fim do mesmo mês. O novo cachorro foi homenageado com o mesmo nome do original. O cão foi clonado pela empresa americana BioArts Intenational, e custou cerca de R$350 mil. O casal, que também tem mais dez cachorros, dez gatos, quatro pássaros e seis ovelhas, afirma que o novo Lancelot foi bem recebido pelos outros animais e que se parece muito com o cão original.


Além de usar os clones como cães de estimação, também estão sendo feito clones para pesquisas. Também são clonados cães que, por exemplo, tem bom olfato, facilitando o treinamento de cães farejadores.
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Bom, para escrever o último texto, eu procurei informações em alguns sites e encontrei uma biografia de Bernann McKinney. No começo, achei que tinha entrado em algum site errado, mas depois de dar uma lida, percebi que se tratava realmente da mesma mulher que havia clonado o cão.

A empresa RNL Bio abriu a clonagem comercial. Apesar de estar vendendo animais vivos, diz que não checará os precendentes criminais de seus futuros clientes. Essa afirmação ocorreu pelo fato de sua primeira cliente, Bernann McKinney ter um antecedente criminal.Depois de 31 anos tendo o caso como um mistério, ao aparecer novamente na mídia, a americana foi descoberta.

Em 1977, McKinney era chamada de Joyce, e cometeu um crime que repercutiu muito na Inglaterra. McKinney sequestrou seu ex-namorado, um mórmon britânico, fugindo para o interior da Inglaterra, o drogando e abusando sexualmente. O objetivo desse sequestro era conseguir com que ele a pedisse em casamento. Percebendo isso, o homem fez a proposta e conseguiu fugir. McKinney foi presa durante três meses e, após pagar a fiança, fugiu de volta para os Estados unidos.

A história de MAcKinney com o mórmoun começou quando ambos estudavam na Brigham Young University. Quando o jovem fez uma viagem à Inglaterra, a moça contratou detetives para saber a localização do rapaz. Depois de sequestrá-lo e usá-lo como escravo sexual, foi pega e negou toda a história, afirmando que ele era muito forte e alto para ser pego tão facilmente.

Depois de dizer que não era a mesma pessoa, McKinney confessou, já que os números de documentos e datas eram as mesmas. A mulher tambem afirmou que levou anos para superar e, ao aparecer na mídia tentando fazer alguma coisa boa, apenas lembram do crime que cometeu. Após 31 anos, a Joyce que cometeu os crimes não existe mais.