3 de outubro de 2016

O Lar das Crianças Peculiares

 
Após a estranha morte de seu avô, o jovem Jake parte com seu pai para o País de Gales. Lá ele pretende encontrar a srta. Peregrine, atendendo ao último pedido do avô, que lhe disse que "ela contará tudo". Só que, ao chegar, descobre que o local onde ela viveria é uma mansão em ruínas, que foi atingida por um míssil durante a Segunda Guerra Mundial. Ao investigar a área, Jake descobre que lá há uma fenda temporal, onde a srta. Peregrine vive e protege várias crianças dotadas de poderes especiais.


Jake sempre ouviu histórias de ninar sobre a infância e adolescência de seu avô, que contava como combatia monstros para proteger seus amigos: um invisível, outra que flutuava, entre outros. Ele conhecera todas essas crianças em um orfanato em que passara parte da infância, localizado no país de Gales, mas nunca voltou para lá depois do fim da guerra.

Quando seu avô morre de forma misteriosa, Jake decide seguir seu último desejo e descobrir algo que nunca teve a oportunidade de saber. Para isso, terá que ir até o orfanato em Gales, conversar com a diretora, a Srta. Peregrine, e descobrir, de uma vez por todas, o que seu avô escondeu durante toda a vida. Mas, é claro, ele nunca esperaria encontrar o lugar que sempre vira em suas histórias de ninar... E, é claro, de uma forma mais sombria do que o avô o fez acreditar.


Eu gostei bastante do filme por si só. Já quanto à adaptação, confesso que me decepcionei um pouco. A começar da mudança de uma das personagens principais: Emma e Olive trocaram os papeis. No livro, Olive é apenas uma garotinha de uns 8/9 anos que flutua. Nada de controle de ar, nada de obsessão por Enoch, nada de brincadeira com fogo. Já Emma, que realmente é uma das protagonistas da história, tem como peculiaridade a habilidade de criar fogo.

Além disso, a partir de determinado momento, o filme toma um rumo completamente diferente (inclusive tirando uma das cenas que eu mais ri no livro), de modo que, se quiserem adaptar o segundo volume, terão que criar uma história completamente nova.  


Mas, como eu disse acima, apesar da adaptação não ter sido das melhores, o filme, por si só, é ótimo! Uma das cenas, que acontece nos dias atuais - que não existe no livro - me fez rir bastante e, sem dúvidas, aumentou a participação de algumas das crianças, que aparecem de forma rápida no livro, o que achei bem interessante. Afinal, depois de anos de convivência, com certeza essas crianças teriam uma ótima interação, né?

Eu adorei a direção de Tim Burton. Não deixou nada a desejar. Deu para perceber a característica dele em vários aspectos do filme, mas, ao mesmo tempo, não estavam tão presentes como costumam ficar normalmente. Ficou tudo na medida certa!