Sejamos todos feministas
Nome: Sejamos todos feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 64
"Sejamos todos feministas" é baseado em uma palestra apresentada por Chimamanda no TED Euston, que tem como foco a África. Na palestra, Chimamanda decidiu falar sobre a desigualdade de gênero, o feminismo e também sobre o que se relaciona com a palavra.
O feminismo é uma doutrina que defende a igualdade de direitos entre mulheres e homens. Mesmo assim, muitas pessoas veem a palavra de forma negativa e não como a luta que realmente é.
"Ele comentou que as pessoas estavam dizendo que meu livro era feminista. Seu conselho — disse, balançando a cabeça com um ar consternado — era que eu nunca, nunca me intitulasse feminista, já que as feministas são mulheres infelizes que não conseguem arranjar marido. Então decidi me definir como "feminista feliz". Mais tarde, uma professora universitária nigeriana veio me dizer que o feminismo não fazia parte da nossa cultura, que era antiafricano, e que, se eu me considerava feminista, era porque havia sido corrompida pelos livros ocidentais (...). De qualquer forma, já que o feminismo era antiafricano, resolvi me considerar "feminista feliz e africana". Depois, uma grande amiga me disse que, se eu era feminista, então devia odiar os homens. Decidi me tornar uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens". É claro que não estou falando sério, só queria ilustrar como a palavra "feminista" tem um peso negativo".
O feminismo é uma bandeira que ainda está em crescimento no mundo. Apesar das mulheres já terem conquistado muitas coisas, ainda há muito mais pela frente: mesmas oportunidades, salários iguais... E os homens também precisam mudar para atingirmos essa igualdade - como a Emma Watson, a atriz que interpretou a Hermione em Harry Potter, afirmou em seu discurso para a campanha #HeForShe.
Com exemplos que a autora já passou durante a vida, o livro é uma leitura fácil, para ser feita de uma só vez. A linguagem da autora é tranquila, e consegue passar a mensagem, de modo que muitos poderão se conscientizar sobre o assunto. Deveria ser, sem dúvidas, uma leitura obrigatória durante a vida escolar (o feminismo já é matéria obrigatória na Austrália).
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