8 de julho de 2015

Divertida Mente


Você já parou para pensar o que se passa dentro de uma mente humana? Os nossos sentimentos estão sempre lá para nos ajudar: alegria, tristeza, raiva, nojo, medo. Eles trabalham em um centro de controle para nos ajudar a decidir como vamos reagir a cada momento, receber nossas memórias e decidir qual será essencial para cada momento de nossas vidas.

A memória é o que traça a personalidade da pessoa, e por isso é tão importante que elas sejam bem administradas. Cada memória-chave, ou seja, as memórias mais relevantes para nós, foram uma "Ilha de Personalidade" em nossa mente, que mostram como realmente somos. No filme, cada memória é representada por uma bolinha, que é colorida de acordo com o sentimento ligado à ela. No final de cada dia, todas as memórias são sugadas por um tubo e enviadas para o longo prazo, para serem utilizadas apenas quando for necessário.

Riley, nossa protagonista, tem seu cérebro comandado pela Alegria. Ela tenta ter certeza que todos os momentos de Riley tenham algum sorriso no rosto e não entende o motivo da existência da sua colega mais antiga: a Tristeza. Por outro lado, a Alegria sabe muito bem quais são os papeis da Raiva, da Nojinho e do Medo, que ajudam a garota a conseguir o que quer quando se sente injustiçada, a evitar comer alguma coisa estragada e não se machucar.



Tudo parece estar perfeito na vida de Riley até que, quando a garota está com 11 anos, uma grande reviravolta acontece: sua família sai de uma pequena cidade gelada no Minessota com destino à ensolarada e grande São Francisco. E, é claro, que isso causa uma confusão na cabeça da garota. Os sentimentos não entendem o motivo daquela mudança ocorrer - e Alegria tenta ao máximo manter o ânimo de Riley. Para piorar a situação, a Tristeza descobre uma nova habilidade: transformar memórias felizes em tristes.

O que, para o telespectador, é um sintoma natural da saudade, para Riley e seus sentimentos é algo novo, que nunca foi experimentado. Por isso, há uma grande dificuldade em lidar com o assunto. No final do primeiro dia de aula em São Francisco, Alegria e Tristeza se envolvem em uma discussão sobre o motivo pelo qual a Tristeza está se utilizando de sua nova habilidade nas memórias-chave de Riley e, sem querer, ambas - junto com as principais memórias da garota - são sugadas pelo tubo e enviadas para o longo prazo. A partir de então, as duas devem se unir para voltar ao centro de controle, enquanto Riley é controlada apenas por Raiva (que praticamente assume o controle), Nojinho e Medo. 


Eu me diverti muito com o filme. A Disney Pixar mais uma vez acertou, colocando uma animação em que os sentimentos estão no controle de nossa mente. E, é claro, a realidade de tudo deixou o filme ainda melhor! Eu fico imaginando que sentimento que teria controle sobre a minha mente e quais seriam as minhas Ilhas de Personalidade. Será que a gente conseguiria adivinhar assim?

É legal também pensar que a crise toda vivida por Riley também é consequencia da fase que ela está passando: a pré-adolescência. Muita gente teria a mesma reação que a garota na situação dela. Além de tudo, é interessante ver a relação entre a Alegria e a Tristeza, e perceber que uma não pode existir sem a outra. E essa lição é vista em diversos lugares: como a própria Hazel diz em "A Culpa é das Estrelas", sem a dor não reconheceríamos o prazer!

Vale muito a pena assistir. Divertida Mente vai entreter a todos: não é uma animação feita apenas para crianças, mas para qualquer um que queira se divertir com mais um filme da Disney.