Lobo por Lobo
Nome: Lobo por Lobo
Autor: Ryan Graudin
Editora: Seguinte
Páginas: 360
E se Hitler tivesse ganhado a Segunda Guerra Mundial?
Yael vive nesse mundo. Quando criança, foi levada pelos nazistas para um campo de concentração, e foi escolhida para ser cobaia em um dos muitos experimentos realizados com as crianças judias. Por meio dela, o doutor (a quem ela apelidou de "anjo da morte") pretendia transformar a sua aparência naquela de uma ariana, de alguém que tem "raça pura". O que o médico não esperava era que o experimento seria ainda melhor do que o que planejava. Yael ganhou a possibilidade de se metamorfosear em qualquer pessoa, desde que permanecesse no sexo feminino e, infelizmente, sem que sua tatuagem, com o número de registro no campo, desaparecesse.
Yael se utilizou dessa habilidade para fugir das mãos dos nazistas e, com o tempo, se juntou à rebelião, com o intuito de consertar o mundo.
Em 1956, o mundo era dividido em duas grandes nações: a Alemanha de Hitler e o Japão, governado pelo imperador. Para comemorar a vitória na guerra, todo ano um grupo de garotos entre 13 e 17 anos fazia uma viagem de moto partindo da Germânia (a antiga Berlim), indo em direção ao palácio imperial de Tokyo, o comemorado Tour do Eixo.
Na corrida de 1955, algo inacreditável aconteceu: a vencedora foi uma mulher. Bonita, ariana, forte, admirável. Adele Wolfe era um modelo incrível da raça superior. O encanto de Hitler pela garota era tamanho que o ditador saiu de sua política isolacionista para uma dança com ela, no baile da vitória.
Agora, aproveitando a oportunidade de um contato próximo com o ditador, Yael recebeu a sua primeira missão como rebelde: assumir a identidade de Adele Wolfe, ganhar mais um Tour do Eixo e aproveitar a dança com o imperador para assassina-lo na frente das câmeras, transmitidas ao vivo para todos os cantos do Eixo.
A missão parecia fácil. Yael foi treinada para tudo. Ela só não esperava ter que conviver com o passado de Adele: dentre os corredores estavam Felix, o irmão gêmeo da vencedora; e Luka, que viveu algo não divulgado com a garota durante a última corrida.
Ryan Graudin gosta de examinar todas as facetas da vida por meio de uma única pergunta: "E se?". A história sempre a fascinou, principalmente pela quantidade incontável de "e se". Uma de suas divagações a levou ao mundo de Yael... Um mundo que poderia ser o nosso. E foi, durante um tempo e em um lugar.
O livro me atraiu de início por conta do enredo. Assim como Graudin, eu gosto de me aventurar pelos diversos "E se" da vida. Sem dúvidas, o mundo seria muito diferente se Hitler tivesse vencido a segunda guerra mundial.
Depois que comecei a ler, percebi todos os elementos que eu adoro nesse tipo de livro: o governo totalitário, o início de uma rebelião, a possibilidade de um romance, a personagem principal forte. Além disso, as personagens são todas bem construídas, é possível ver a determinação de cada um, as características de cada um deles e é fácil diferenciá-los.
Outra coisa que me chamou também a atenção foi o fato de existir uma narrativa em 3ª pessoa. Normalmente, esses livros são narrados em 1ª pessoa e, hora ou outra, eu começo a ficar irritada com a protagonista. Isso, sem dúvidas, vai ajudar na continuação (quando, provavelmente, Yael terá uma pequena crise de existência, como costuma acontecer nas continuações desse tipo de livro).
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