29 de agosto de 2017

Atypical


Sam Gardner está no último ano do colegial e logo no primeiro episódio da série, traça um desafio para seu novo ano: arranjar uma namorada. Ao mesmo tempo, tem que lidar com a independência de seus pais, que tem dificuldade de deixa-lo agir por conta própria. Mas tudo com uma peculiaridade: Sam é autista - muito sincero, leva tudo na literalidade e precisa estudar muito para conseguir alcançar seu objetivo de ter uma namorada.

A série mostra a jornada de Sam, que conta com a ajuda de sua terapeuta Julia - que tem que se mostrar disponível para o garoto, mesmo quando passa por problemas em sua vida -; e Zahid, o melhor amigo do garoto, que é especialista em conseguir garotas e decide ajudar Sam em sua nova pesquisa.

Além disso, a família de Sam está no núcleo principal, especialmente quanto ao modo como lida com a condição do garoto. Sua mãe, Elsa, sempre foi super-protetora, participa de um grupo de apoio aos pais de crianças com autismo e tenta se esforçar para arranjar tempo para si mesma, para não entrar em colapso com a independência de Sam. O pai, Doug, ainda está aprendendo a lidar com o autismo do filho, e tem dificuldade em se conectar com o garoto - principalmente por conta da super proteção da mãe. Por fim, Casey é a irmã que sempre foi deixada em segundo plano pelos pais, que sempre precisaram focar nas necessidades do irmão, e precisa aprender a lidar com os próprios dramas - também típicos de adolescente - ao mesmo tempo que também está sempre disposta a ajudar Sam com o que o garoto precisar.


A série conta um pouco sobre o autismo, como lidar com pessoas que vivem com isso - o que com certeza vai ajudar muita gente por aí. Sam mostra que é possível viver uma vida normal assim, ele só precisa entender as regras para agir conforme o que elas preceitam. Ele tem suas próprias vontades e seus próprios sentimentos - só tem mais dificuldade para expressa-los diante do mundo. E vê na biologia uma base para tentar entender os humanos - sendo apaixonado especialmente pelos pinguins e pela Antártida!

Cada vez mais, a Netflix tem colocado temas que precisam ser falados, mas que poucos tem coragem de fazer. E, a meu ver, a série é bem interessante e esclarecedora para quem quer entender sobre o autismo ao mesmo tempo em que se diverte com a série! Vale a pena assistir!