19 de outubro de 2016

A Teoria de Tudo


Desde que assisti "A Teoria de Tudo", quando o filme estava concorrendo ao Oscar (e pelo qual Eddie Redmayne recebeu sua merecida estatueta), fiquei curiosa para ler o livro. A história é uma autobiografia escrita por Jane Hawking, e conta sobre os anos em que viveu com o primeiro marido, Stephen Hawking, um dos físicos mais brilhantes da atualidade.

Stephen foi diagnosticado ainda adolescente com a doença de Lou Gehring, uma doença incurável que, aos poucos, tira os movimentos de seu portador. Jane já tinha conhecimento da doença quando eles se conheceram, mas, mesmo assim, se apaixonou pela mente genial do físico. Ela aceitou se casar com ele, mesmo tendo em vista a vida difícil que os dois teriam por conta da doença.

Apesar de todo o amor, os dois não imaginavam como a vida deles seria afetada. Como Jane diz, seu casamento não era composto apenas pelo casal, mas tinha mais um membro: a doença. Mesmo com a dificuldade, Jane sempre se dedicou ao marido e aos filhos, com toda boa vontade que conseguia. Não só isso, ela lutava por aquilo que acreditava: suas crenças, sua família, por melhores condições e pelos direitos de deficientes físicos.


É impressionante a sinceridade da autora ao narrar as dificuldades que tinha em seu casamento. Além da doença, ela sentia que não conseguia competir com o amor que seu marido nutria pela física, ela também não conseguia lidar com o fato de, apesar de ser religiosa, seu marido ser ateu declarado.

Confesso que, por vezes, ficava irritada com a narrativa - Jane consegue fazer se passar por coitada. Mesmo assim, imagino que não deva ser incomum alguém que se encontra na situação de Jane ficar esgotada - e ela demonstra vários sinais de que não aguentava mais aquela vida. Ela fez de tudo para ajudar o marido, e esteve ao lado dele nos momentos mais difíceis de sua vida, mas, infelizmente, nem sempre o amor é suficiente.