6 de maio de 2016

A Coroa

Nome: A Coroa
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 320

Pode conter spoilers da série "A Seleção"

Leia as resenhas:
           
20 anos depois dos acontecimentos de "A Seleção", somos apresentados à Eadlyn, a filha mais velha de América e Maxon e, consequentemente, futura herdeira do trono de Illéa. Em "A Herdeira", a garota nos é apresentada como uma menina mimada, teimosa e egoísta, exatamente o tipo de pessoa que eu não gostaria de ser amiga e que nunca me aproximaria por vontade própria. 

No livro, meio que contra sua vontade, Eadlyn aceita participar da seleção, chamando 35 garotos para competir por seu coração e pelo papel de príncipe-consorte. Na última resenha, citei alguns dos garotos que me chamou a atenção. 

Kile Woodwork é filho de Marlee, uma das melhores amigas de América, e cresceu com a princesa, apesar de nunca estar realmente perto dela. Ele mostrou ser muito mais do que aquele cara que se aproveitava da vida no palácio: seu sonho era estudar arquitetura e construir um mundo melhor. 

Henri é um estrangeiro que se fixou em Illéa, adora cozinhar e não fala inglês, mas tem uma alegria incontestável e está disposto a agradar Eadlyn em qualquer situação. Seu tradutor, Erik (ou Eikko), na época também me chamara a atenção - ele conquistou rapidamente a amizade da princesa e, imagino eu, justamente pelo fato de não estar competindo por seu coração.


Em "A Coroa" somos apresentados para uma Eadlyn completamente mudada. Os últimos acontecimentos de "A Herdeira" a impactaram de forma inacreditável e ela teve que amadurecer em pouquíssimo tempo. Desde então, ela passou a ser uma pessoa muito melhor. Essa Eadlyn sim conquistaria a minha amizade. Ela é compreensiva, amiga, bem-humorada e confiante. Bem diferente daquela garota que fomos apresentados no último livro.

Logo no início do livro, vemos Eady tendo que assumir diversas responsabilidades. Primeiro, ela deve assumir como princesa-regente durante o período em que sua mãe está no hospital. Maxon, o rei, não consegue se concentrar no trabalho por conta do grave estado de América, e confia o trabalho à primogênita. 

Alguns veem a oportunidade de tirar proveito da inexperiência da princesa. Outros personagens reaparecem do passado aparentemente para ajuda-la. Apesar das incertezas, Eadlyn consegue lidar de modo incrível com todos os problemas que surgem ao longo da história, demonstrando força e segurança mesmo com a situação delicada da família.


Já a seleção também se torna mais importante para a princesa. Ela entende que a situação delicada da mãe pede para uma medida mais drástica e decide reduzir a seleção para a Elite. Assim, sobram apenas 6 garotos para ela escolher. 

Além de Kile e Henri, também estão entre os finalistas Ean, que propôs uma oferta irrecusável para a antiga Eadlyn: ele estava lá apenas pelo luxo do cargo, mas não ficaria no pé da garota; e Hale, que costura muito bem e foi um dos poucos candidatos que pareceu aberto para ouvir as preocupações da princesa. Outros finalistas que não me chamaram tanto a atenção foram Gunner e Fox, que aparentemente foram escolhidos por motivos menores.

É claro que também ocorrem imprevistos quanto à Seleção - e principalmente em relação aos pretendentes de Eady. E isso fez com que tudo corresse ainda mais rápido do que deveria ocorrer (o que, confesso, me incomodou um pouco). Apesar disso, fiquei feliz com a escolha final da princesa. Não seria a minha primeira escolha, mas ainda assim foi uma boa opção!


Eu gostei muito do livro. E seria difícil ser diferente, considerando a escrita incrível e cativante de Kiera Cass. Foi realmente impressionante o modo como ela conseguiu fazer com que Eadlyn amadurecesse sem parecer forçado e de modo que aquela princesa que poucos gostavam em "A Herdeira" se tornasse alguém admirável em "A Coroa".

No final, também tivemos um gostinho a mais de Maxon - e de como ele é uma boa pessoa e bom pai. E também conseguimos ver como ele conseguiu transmitir essas qualidades para a filha, que, sem dúvidas, será uma ótima rainha!

Eu senti, porém, que o final foi bem corrido. Aquele romance que nos deixa babando de felicidade e que existiu aos montes em "A Seleção" foi um ponto bem fraco aqui. A descoberta da verdadeira paixão de Eadlyn  foi de repente - como normalmente acontece quando tratamos de nosso coração -, mas não tivemos tempo o suficiente sentir esse novo amor crescendo. 

Apesar disso, dá para entender o motivo pelo qual tudo foi corrido. Foi tudo bem pensado e arquitetado pela autora. Infelizmente esse é o último livro da série - e, como tal, ficarei morrendo de curiosidade para saber como foi a vida de Eadlyn depois de ter assumido finalmente o papel de rainha e se casado com seu escolhido. Mas agora fica para a minha imaginação!

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