13 de dezembro de 2015

A Rainha Vermelha

Nome: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 424


O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue. Os que nasceram com sangue prateado tem poderes sobrenaturais e, por conta disso, são tratados como realeza. Os que nasceram com sangue vermelho são meros plebeus, que vivem para servir os prateados e lutar em suas guerras assim que tiverem a idade para tal.

Mare vive de roubos, já que não encontrou emprego como aprendiz e será enviada para a guerra assim que completar a maioridade. Ela não tem nem esperança de sair do vilarejo em que vive. Ela vive à sombra da irmã caçula, que sabe costurar, trabalha, e, por isso, não está obrigada a ir para o exército. Porém, ao contrário do que esperava, após uma tentativa de assaltar um homem que aparentemente trabalhava no palácio real, Mare consegue um emprego lá, sendo liberada de suas obrigações com a guerra.

Logo no primeiro dia de trabalho, Mare é indicada para servir a Prova Real. O evento é uma forma dos nobres de escolher quem será a próxima rainha. Para isso, as garotas elegíveis se reúnem em uma arena e lutam, para ver quem tem o poder mais imponente. Por conta de um acidente, Mare acaba caindo no meio da arena - e, ao contrário do que todos esperam, ela demonstra um poder que nunca esperaria ter. Ela nasceu vermelha, mas tem um poder como um prateado.

Para esconder o ocorrido, Mare se torna a princesa Mareena, uma prateada que cresceu criada por um vermelho, após seu pai ter morrido na guerra. Assim, ela é prometida para o príncipe Maven, o segundo na sucessão.

Durante o seu tempo com a realeza, Mare percebe como os prateados são pessoas rasas - e como tudo por lá é dissimulado. Ao mesmo tempo em que está noiva de Maven, Mare também se aproxima do príncipe herdeiro, que parece uma pessoa boa, preocupada de verdade com o bem estar da população: ele foi o homem que lhe deu um emprego. O príncipe se disfarça de vermelho e frequenta os vilarejos humildes para conhecer melhor o seu povo.

Ao mesmo tempo que Mare desfruta dos luxos da realeza - como prisioneira -, os vermelhos começam a se revoltar. Ela se vê envolvida em uma complexidade que nunca imaginou que viveria.


Eu realmente gosto desse tipo de livro, não tem o que discutir. Estava com medo, por ter ouvido muitos elogios em relação à Rainha Vermelha, pois quando leio um livro com expectativas, sempre me decepciono. Nesse caso foi diferente. Eu viciei na história e no mundo de Mare e não consegui largar o livro até virar a última página. 

Gostei muito dos personagens. De início, não gostei muito de Mare por conta de suas ações. Mas, depois de passear um pouco por seus pensamentos e entender o motivo pelo qual ela fazia cada uma das coisas, comecei a simpatizar com a protagonista.

A família da protagonista também é bem caracterizada: a bondade de sua irmã, a personalidade difícil de seu pai e a saudade que ela tem de seus irmãos. Kilorn, o amigo de infância de Mare, também é outro personagem de destaque e gostei muito de ver como a amizade entre os dois é forte - eles estão realmente dispostos a tudo para manter o outro a salvo.

Por fim, não poderia deixar de falar da família real. O rei, bondoso, mas ao mesmo tempo com uma visão mais limitada, sem desejo de fazer grandes mudanças; a rainha, de quem não gostamos desde o início, por conta de seu jeito dominante de ser; e, é claro, os príncipes, Cal e Maven, o primeiro com o desejo de melhor a vida de todo o povo - sem exceção -, e o outro, de certa forma invejoso por não ser o centro das atenções, mas que nos conquista por sua boa vontade ao longo do livro.

O único defeito: a continuação ainda não foi lançada! O final da história é surpreendente e me deixou curiosa a um ponto que foi difícil parar de pensar no que poderia acontecer, difícil inquietar e não querer ter logo a continuação em mãos. Uma coisa eu não tenho dúvidas: assim que o próximo livro for lançado, eu, sem dúvidas, vou ler assim que for possível.