16 de julho de 2015

Cidades de Papel (filme)

Para Quentin, todo mundo recebe pelo menos um milagre na vida. Alguns vão para o espaço, outros recebem o prêmio Nobel, alguns são atingidos por raios, outros se tornam ditadores de pequenas nações nas ilhas pacíficas. O milagre dele foi ser ser justamente o vizinho de Margo Roth Spiegelman

Apesar de terem sido amigos na infância, os dois acabaram se afastando com os anos. Margo teve uma vida incrível, sempre passando por experiências inesquecíveis. Quentin só teve uma vida normal, lutando para conseguir notas boas e se divertindo ao lado de seus melhores amigos, Radar e BS. Mesmo com vidas completamente diferentes, Quentin nunca tirou Margo da cabeça, e sempre foi apaixonado pela vizinha.

Já no último ano do ensino médio, quando Quentin achava que já tinha superado Margo, a garota invade o quarto dele, pedindo ajuda para uma missão: se vingar do ex-namorado dela. Ele, é claro, topa, vivendo uma das melhores noites de sua vida. 

Mas, no dia seguinte, Margo desaparece do mapa. Mas, como a garota misteriosa que é, ela deixa pistas para Quentin seguir. E ele vai contar com a ajuda de seus amigos para ir atrás da paixão de infância dele.


O filme é muito bom. Ele foge um pouco do clichê de jovens no ensino médio, ou de sick lits, como o último filme do autor. Apesar de Quentin viver uma aventura por conta do amor que sente por Margo, "Cidades de Papel" é principalmente sobre a amizade, o final do colégio e as dúvidas sobre o futuro. Acima de tudo, mostra que podemos ser felizes, mesmo que acreditemos que essa felicidade deve ser adiada para alcançarmos nossos objetivos maiores.

Margo é o maior exemplo da felicidade no presente: ela é aquela menina meio doidinha que não tem medo de fazer o que for para ser feliz, por mais louco que pareça. E, inspirado por ela, Quentin faz uma das maiores loucuras de sua vida: acompanhado pelos amigos, viaja mais de 24 horas para encontrar a vizinha, sempre seguindo as pistas.

Eu não li o livro ainda - e eu já sei que o final é diferente. De qualquer forma, eu gostei desse final. Estou curiosa agora para saber qual é o original. Também fiquei sabendo que algumas cenas não existem no livro - inclusive uma das que eu mais gostei, dos personagens cantando (até o John Green falou que queria ter escrito essa cena!). Outra coisa que eu achei legal, é uma aparição surpresa - e rápida - no meio do filme. E, pela reação das pessoas na sala do cinema, acho que ninguém esperava essa aparição também.