27 de maio de 2015

The Bridge


Logo na primeira cena, já sabemos o sentido em que o seriado vai se direcionar. Após uma queda de energia, um corpo é encontrado bem na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Um não: as pernas de uma prostituta mexicana, morta há mais de um ano, e o tronco e rosto de uma juíza americana, que lutava contra a imigração.

Mas quem deverá ser responsável pelo caso? Polícia americana e mexicana deverão unir forças para resolver esse problema, e conseguir conciliar uma polícia com muitos recursos e outra com vários defeitos. 


Sonya Cross, interpretada magnificamente por Diane Kruger, é a policial americana que trabalha no caso. Ela é uma personagem que dedica todo o seu tempo para a profissão, é direta, não consegue mentir, entende tudo de forma literal, é extremamente focada no que deve fazer, e não sabe lidar socialmente com as pessoas. Isso faz com que a personagem consiga agir de forma ótima no seu trabalho – e é incrível ver como a personagem, com sua forma peculiar de ser, consegue se relacionar com os outros personagens da série.

Marco Ruiz é o policial mexicano, que é o extremo oposto da nova parceira. Ele é aquele tipo de pessoa bem calorosa que realmente se importa com os outros. Isso não faz com que ele não exerça bem a sua função – mas ele tem outras prioridades na vida, ao contrário de Sonya, como sua grande família. É realmente impressionante o contraste entre os dois policiais.


Também conhecemos Charlotte Millwright, que, no momento do crime que dá início à série estava atravessando a fronteira em uma ambulância, já que seu marido acabara de sofrer um ataque cardíaco. Acompanhamos sua vida depois da morte do marido (e isso não é spoiler), quando ela descobre que ele escondia muito mais do que imaginava 

A série é um remake da série dinamarquesa Bron/ Broen, que tem o mesmo ponto de início e mostra a união das polícias dinarmaquesa e sueca para investigar o assassinato. The Bridge traz o seriado para o cenário americanos/ mexicano. O crime ocorre na fronteira de El Paso, no Texas, nos EU,A com Juarez, em Chihuahua, no México. A cidade mexicana é considerada a mais violenta do mundo – só para vocês terem uma ideia, cerca de 40 mil mulheres foram assassinadas desde 1985.


O seriado é muito bom. Passamos a primeira temporada inteira seguindo pistas daquele assassinato que ocorreu logo na primeira cena, conhecendo, por meio deste, as diferenças e os problemas sociais e econômicos que ficam claros entre os países.

Para quem se interessou, imagino que valha a pena assistir a versão original, dinamarquesa, e a versão franco-britânica, The Tunnel, em que o assassinato ocorre no eurotúnel. Eu, sem dúvidas, vou dar uma olhada quando tiver tempo!