6 de maio de 2015

Orphan Black

Imagina descobrir alguém idêntico à você. Será que você tem uma irmã gêmea desconhecida? Imagina que, antes de tirar qualquer dúvida que surja à mente, esse alguém se suicide - bem na sua frente. O que você faria? 


Sarah Manning passou por essa situação. Após ver uma mulher exatamente igual a si mesma se jogar na frente de um trem, ela decide assumir sua identidade. Ao invés de ser uma órfã, que foge do ex- namorado Vic e fazer trabalhos ilegais para conseguir dinheiro o suficiente para sumir junto de seu irmão, Felix, e sua filha, Kira, ela é, agora, Beth Childs, uma detetive que vive uma vida aparentemente tranquila com o namorado, Paul, e que tem uma conta bancária bem cheia.

Inicialmente, Sarah planejava apenas esvaziar a conta de Beth e seguir seu plano inicial de sumir, mas quando menos espera, percebe-se envolvida em algo muito maior do que jamais imaginou. Ela é um clone. E Beth estava investigando seus criadores.

Assim, conhece Alison Hendrix, sua cópia que vive como dona de casa e mãe de periferia; e Cosima Niehaus, uma estudante de doutorado em biologia evolutiva, que aproveita seus conhecimentos para entender melhor a origem delas próprias.


Tudo fica ainda mais complicado quando elas descobrem que um dos clones quer eliminar os demais. Helena cresceu como uma fanática religiosa que acredita que suas cópias são obra do diabo - e ela fará de tudo para fazer com que apenas uma sobreviva.

Apesar de conseguirem se virar bem sozinhas, elas sabem que precisam uma das outras para entender de onde vieram, e para se protegerem mutuamente, garantindo que ninguém descubra sobre elas, ou descubra que elas sabem o que realmente são.


O seriado é muito, muito bom. Ele nos deixa ligado em pouco tempo e o suspense faz com que a vontade de descobrir o que realmente está acontecendo ainda maior.

Mais que isso, a série também nos faz pensar na ética da clonagem. Apesar do genoma idêntico, cada clone tem sua própria personalidade, teve sua própria criação. Mas será que elas são seres únicos ou apenas a propriedade de alguma empresa que as criou?

A atriz Tatiana Maslany dá um show e consegue mostrar todo o seu talento ao interpretar os diversos clones. Apesar da diferença física, percebemos a habilidade da atriz canadense pelas expressões faciais, pelo sotaque e pela postura de cada uma das personagens. É impressionante como ela consegue dar vida e individualidade a cada uma.

O seriado é incrível. Vale muito a pena assistir. Eu, que comecei sem muitas expectativas, me vi grudada na televisão e, em menos de um final de semana, estava com a primeira temporada inteirinha assistida. E, confesso, só não assisti mais, porque o Netflix ainda não liberou a segunda temporada. Atualmente, a série está na terceira temporada, exibida no Brasil pela A & E.