18 de março de 2015

A Escolhida

Nome: A Escolhida
Autora: Lois Lowry
Editora: Arqueiro
Páginas: 190


Kira nasceu com uma perna defeituosa. Por conta disso, ela deveria ter sido enviada logo ao nascimento para o Campo de Partida, onde as Feras a levariam e, assim, ela não seria um fardo para sua sociedade. A mãe da garota, uma talentosa bordadora, conseguiu salvar a filha, garantindo que ela não seria um fardo para ninguém.

Agora, sua mãe morreu. E Kira deve lutar para sobreviver sozinha, e lidar com seus vizinhos que não a querem viva. Felizmente, a garota foi treinada na arte da Tecelagem e, por conta disso, os Guardiões permitiram a sua estadia na sociedade.

Kira passa a viver para cumprir uma função: não apenas restaurar, como também continuar o trabalho de uma túnica muito antiga, usada pelo Cantor no dia da Congregação, o mais importante evento de sua vila. Durante sua missão, ela conhece Thomas, entalhador que tem como função restaurar o cajado que o Cantor usa, e que se torna um bom amigo.

Ao longo do livro, Kira precisa melhorar suas habilidades e, enquanto isso, descobre que o mundo em que vive não é bem como imaginava. 


Quando soube que seria lançado o segundo volume da série "O Doador de Memórias", confesso que imaginava um livro bem diferente de "A Escolhida". O livro se passa em um futuro pós apocaliptico, em que as pessoas vivem em casebres simples ou barracos e são governadas por um Conselho dos Guardiões. 

Eu imagino, talvez, que essa sociedade seja uma consequência dos atos de Jonas, em "O Doador de Memórias", ou mesmo o meio do caminho entre a nossa sociedade de hoje e a sociedade de Jonas. Mas não ficou certo. 

Desde o início, tive simpatia com Kira, imaginando como ela devia estar se sentindo perdida após a morte da mãe. Também gostei de conhecer Matt, um garotinho que vem do brejo - lugar em que se é difícil viver -, e está sempre apoiando a amiga e acompanhado de Toquinho, seu cachorrinho fofo. Thomas também é outro personagem interessante, que cresceu trabalhando com os Guardiões e não conhece outra realidade.

A leitura é bem rápida e fácil, e não é difícil imaginar como é construída essa socidade. Quanto mais lemos e mais descobrimos a mentira que envolve o vilarejo, vamos junto com Kira querendo desvendar e entender o motivo pelo qual tudo está daquela maneira.