13 de abril de 2014

Lançamentos de Abril da Companhia das Letras


Hoje trago para vocês alguns dos lançamentos da Companhia das Letras e de seus principais selos, que são de dar água na boca! Tem vários muito legais - e é difícil escolher qual eu fiquei com mais vontade de ler! Vamos conferir?



O tesouro da Encantadora (A Quase Honrosa Liga de Piratas, vol. 1), de Caroline Carlson: Quando Hilary decidiu que queria ser pirata, nem imaginava que estava prestes a participar da caça ao maior tesouro de todos os tempos. Afinal, tudo o que a preocupava era fugir da Escola de Aprimoramento da Senhorita Pimm para Damas Delicadas, onde as jovens da alta sociedade aprendiam a valsar, desmaiar e se comportar à mesa. Hilary não via utilidade alguma naquelas lições e queria se juntar à Quase Honrosa Liga de Piratas. Qualificações não lhe faltavam, mas a Liga não admitia garotas em sua equipe de algozes e pilantras. Decidida a partir para alto-mar a qualquer custo, Hilary responde ao anúncio de um pirata autônomo em busca de membros para sua tripulação. De repente, ela se vê no meio de uma aventura marítima em busca do tesouro mais valioso do reino: o tesouro da Encantadora. Para encontrá-lo, ela contará com um mapa sem X e precisará enfrentar o vilão mais traiçoeiro - e surpreendente - de todos os mares.

A garota certa (Garota s2 Garoto, vol. 5), de Ali Cronin: Para Ollie, sexo sempre foi sinônimo de diversão, e namorar sério o assustava. Durante muito tempo seu estilo de vida funcionou, mas aos poucos começou a sentir um vazio cada vez maior - e nem imaginava que a solução estava bem ao seu lado. Desde o jardim de infância, Sarah era sua melhor amiga. Depois que a garota sofreu sua primeira grande decepção amorosa, eles ficaram ainda mais próximos, e a turma inteira percebia que estava rolando um clima. Só faltava admitir. Mas manter um relacionamento para valer significaria compartilhar as aflições que Ollie estava acostumado a guardar a sete chaves. Suas angústias iam desde as mudanças de humor repentinas de sua mãe, que passava da depressão ao êxtase num piscar de olhos, até o descaso completo de seu pai. Isso sem falar em um problema de saúde que ele escondia até dos melhores amigos. Ollie precisava descobrir um jeito de enfrentar essa situação sem magoar a si mesmo - e sem machucar a garota com quem mais se importava.

O feitiço azul (Bloodlines, vol. 3), de Richelle Mead: A atual missão da alquimista Sydney Sage fez com que ela revisse seus conceitos não só sobre os vampiros, mas também sobre a própria organização à qual pertence, responsável por esconder a existência dessas criaturas do resto da humanidade. Sydney acabou descobrindo um grupo dissidente que tinha muito em comum com os alquimistas, mas objetivos bem mais radicais. Certa de que seus superiores estão guardando segredos sobre essa facção paralela, ela contará com a ajuda do misterioso ex-alquimista Marcus Finch para tentar desvendá-los. Mas isso só será possível se ela conseguir escapar de uma ameaça ainda mais urgente: uma feiticeira cruel que suga a alma de jovens usuárias de magia. Enquanto isso, a garota luta contra os sentimentos cada vez mais fortes pelo rebelde vampiro Adrian Ivashkov. Há tabus e preconceitos milenares arraigados entre as duas raças, que representam um obstáculo enorme para esse relacionamento. Mas Adrian é persistente e é o único em quem ela confia para enfrentar as ameaças que se aproximam. Será que Sydney conseguirá se libertar do seu modo de vida e se render a esse romance?


Sergio Y. vai à América, de Alexandre Vidal Porto: Narrado por um experiente e sofisticado psiquiatra, Sergio Y. vai à América coloca diante do leitor duas questões fortes do nosso tempo: o poder do testemunho (e o que ele pode esconder em sua aparente carga de veracidade) e o deslocamento. No caso, sexual. O jovem Sergio Y., bem-nascido e aparentemente sem grandes dramas na sua ainda curta existência - embora se considere infeliz -, é um "paciente interessante", como diz o narrador. Frequenta o consultório regularmente, rememora aspectos da sua formação familiar, mas um dia desaparece para sempre, abandonando o tratamento. A esse mistério se acrescenta outro, acachapante, que tira a aparente serenidade do psiquiatra e o faz incursionar em uma busca que tem tanto de detetivesca quanto de psicanalítica.Com elegância e precisão, Alexandre Vidal Porto constrói um romance que é, a um só tempo, uma investigação sobre os caminhos da sexualidade e uma intensa reflexão sobre aquilo que falamos ou deixamos de falar. A memória, a construção da identidade e os papéis que desempenhamos ao longo de nossas vidas aparecem aqui com delicadeza e enorme poder de síntese.

Caninos brancos, de Jack London: Caninos Brancos é um lobo nascido no território de Yukon, no norte congelado do Canadá, durante a corrida do ouro que atraiu milhares de garimpeiros para a região. Capturado antes de completar um ano de idade, é usado como puxador de trenó e obrigado a lutar pela sobrevivência em uma matilha hostil. Mais tarde repassado a um dono inescrupuloso, é transformado em cão de rinha e, mesmo depois de resgatado desse universo de violência, ainda precisa de um último ato de heroísmo para conseguir sua redenção e finalmente encontrar seu lugar no mundo. Percorrendo o caminho inverso ao do traçado em "O chamado selvagem" (1903), em que um cão domesticado é obrigado a se adaptar à vida na natureza, em "Caninos Brancos" (1906) Jack London narra a história de um animal que precisa suprimir seus instintos para sobreviver na civilização. Grande sucesso de público desde o lançamento, já foi traduzido para mais de oitenta idiomas e adaptado diversas vezes para o cinema, os quadrinhos e a TV.

Juvenília, de Charlotte Brontë e Jane Austen: Uma seleção de novelas e contos que mostra os primeiros escritos e o aperfeiçoamento literário de duas grandres escritoras da língua inglesa. À primeira vista, Jane Austen e Charlotte Brontë parecem radicalmente opostas. Austen representa a elegância e a proporção neoclássica, parodiando excessos literários e criticando as fraquezas humanas. Brontë, por sua vez, imprime em sua escrita toda a paixão e a extravagância do espírito romântico, não raro com forte influência da fantasia. Numa época em que a literatura popular era considerada perigosa para a mente das jovens, a erudição precoce, a originalidade e a liberdade de espírito aproximam essas duas autoras. Ambas tinham como personagens centrais mulheres, sendo responsáveis pelos retratos mais marcantes de lealdade e dedicação feminina da literatura inglesa. E ambas constroem as suas heroínas como produtos do condicionamento feminino da época, cujas expectativas sociais eram muito restritas. Austen e Brontë tiveram uma produção bastante fértil na juventude, reunida neste livro, a qual parece encontrar uma espécie de equilíbrio no conflito entre a moral individual e social, criando heroínas complexas que se destacam por sua coragem e independência.