12 de abril de 2014

A Menina que Roubava Livros

Nome: A Menina que Roubava Livros
Autor: Markus Zuzak
Editora: Intrínseca


Liesel Meminger foi uma das poucas pessoas que viveu uma história que impressionou a morte. E não é a toa. Com apenas 14 anos, a menina passou por mais coisas que muita gente não chega a passar por uma vida inteira. Não que isso seja necessariamente uma coisa boa.

Aos 10 anos, durante a Alemanha nazista, Liesel vê seu irmão morrer quando anda a caminho de seu novo lar, o número 33 darua Himmel. Aquela foi a primeira vez que a morte a encontrou... E não seria a última. Aquela também foi a primeira vez em que a menina roubou um livro, mesmo sem saber ler e não tendo a menor ideia do que se tratava.

Em seu novo lar, a casa dos Hubbermann, a menina ganhou um pai carinhoso, que estava sempre acompanhado de um acordeão, e uma mãe que parecia um trovão, mas por dentro tinha um coração enorme. O maior presente que poderia ganhar, porém, veio com a ajuda de seu pai: a leitura. A menina, que não sabia ler, se apaixonou por esse universo e encontrou um refúgio nas palavras.
- A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS - ÚLTIMA LINHA -
Odiei as palavras e as amei, 
e espero tê-las usado direito.
Muitas pessoas entraram em sua vida naqueles quatro anos, mas tiveram três que me chamaram mais a atenção. Rudy Steiner, o vizinho dos cabelos cor de limão, era um garoto muito simpático e, em pouco tempo, se tornou o melhor amigo de Liesel. O menino sonhava em ser Jesse Orwell - e até chegou a pintar o corpo com carvão e correr os 100 metros rasos para mostrar que poderia ser igual a seu herói. Ilsa Hermann, a mulher do prefeito, provou que, apesar de participar do governo nazista, tinha um grande coração, e permitiu que a menina entrasse em sua biblioteca e no mundo da leitura sempre que quisesse. Por fim, e não menos importante, Max Vandenburg, um judeu que procurou refúgio na casa dos Hubermann e foi muito importante para o crescimento pessoal e intelectual da menina, principalmente mostrando a importância das palavras em nosso dia-a-dia.


Eu amei o livro. Eu assisti primeiro ao filme e posso lhes dizer que, apesar das modificações, as mudanças não foram ruins, e a história continuou emocionando qualquer espectador. Gostei de ler cenas que foram modificadas ou excluídas no filme, mas que me permitiram conhecer melhor cada personagem e, além disso, conhecer ainda mais gente que marcou a vida de Liesel.

Gostei bastante da forma como o autor escreve. O livro é separado em capítulos e subcapítulos de uma maneira que eu não havia visto até agora. Também conta com notas da morte que apresentam observações, lembretes e recordações, sempre referentes àquilo que está sendo narrado no momento. Achei bem legal a Editora Intrínseca ter mantido, para quem quisesse, a capa original, colocando apenas uma imagem de Sophie Nélisse, que interpretou Liesel, nas primeiras páginas.

Esse livro entrou, sem dúvidas, para a minha lista de favoritos. Liesel Meminger conseguiu me emocionar e maravilhar com sua história. Percebi, ainda mais, como as palavras são importantes, e como podem modificar a vida de alguém. Recomendadíssimo, sem sombra de dúvidas. Se você ainda não leu, corra para comprar! Vale muito a pena!