16 de outubro de 2013

As Vantagens de Ser Invisível

Nome: As Vantagens de Ser Invisível
Autor: Stephen Chbosky
Editora: Rocco

Eu queria ler "As Vantagens de Ser Invisível" faz em tempinho. Assisti ao filme e adorei! Fiquei super curiosa para ler o livro que deu origem - e, depois de entrar no skoob, tive ainda mais certeza do que queria: o livro praticamente só tinha resenhas positivas.


Charlie é um garoto diferente. Ele não sabe bem o motivo de ser assim (descobrimos no final do livro). Ele é, primeiramente, um garoto bom, sentimental, que quer sempre enxergar o lado bom das coisas e satisfazer a todos. O protagonista é muito honesto e sincero, mesmo que isso o coloque em problemas, e ele vê o mundo de um jeito muito simples, sem julgar os outros pelo que eles fazem. Por isso, os muitos temas polêmicos (homossexualismo, drogas, abuso infantil, aborto...) colocados na narrativa, não parecem tão polêmicos assim.

Logo na primeira carta, descobrimos que Charlie tinha acabado de perder o melhor amigo, Michael, que se suicidou antes de entrar no Ensino Médio. O protagonista, então, estava sozinho para essa nova fase de sua vida. De início, o primeiro novo 'amigo' que o garoto faz é seu professor de inglês avançado, Bill, que passa vários livros bons para ele ler ao longo do ano (em um próximo post, vou fazer uma lista dos livros indicados por Bill!).

É possível ver, ao longo das cartas, uma grande evolução de Charlie. Ele deixa de ser aquele garoto inocente que era e se joga no mundo, experimentando de tudo para conseguir, então, se sentir infinito. Tudo começa quando faz amizade com Patrick e com Sam. O primeiro é gay, não tem vergonha de fazer nada e tem um caso secreto com o principal jogador de futebol da escola. Sam, por sua vez, é endeusada pelo protagonista, fazendo com que ela pareça perfeita. Ela é muito legal, consegue consolar Charlie e, também, é muito bonita.

Com os novos amigos, Charlie descobre a importância de participar - e não apenas observar - o mundo que o cerca. O garoto passa a sair, se divertir, se apaixonar e, também, beber e fumar bastante e se drogar (o que fez com que o livro fosse censurado nos EUA).

Acho importante também falar um pouco sobre sua família. Ele tem um irmão mais velho, que já está na faculdade, e uma irmã, também mais velha, que está no último ano. É possível ver que ele se aproxima um pouco da irmã ao longo da narrativa. Também somos apresentados à Tia Helen, que era a pessoa que Charlie mais amava em sua família e que, sem dúvidas, influenciou grande parte de sua personalidade.


Quando comecei a ler o livro, gostei dele ter sido escrito inteiramente por cartas. Charlie, o protagonista de 15 anos, escreve cartas a um amigo desconhecido contando sua vida, e trocando os nomes para que não possa ser identificado. A linguagem é bem simples e o personagem se mostra bem ingênuo para um garoto de sua idade. Mesmo assim, não achei tão estranho - afinal, quando eu tinha 15 anos também era bem ingênua!

Eu gostei bastante do livro, apesar de não concordar com algumas atitudes de Charlie. O protagonista, inocente do jeito que é, não hesita em beber, fumar e se drogar. Imagino que isso seja consequência da influência dos amigos, já que quer sempre agravar, e não de sua ingenuidade: o garoto sabe o que está fazendo.

Achei que seu modo de escrever tornou a leitura fácil e bem tranquila, a narrativa por cartas faz parecer que o garoto quer alguma resposta sua, que ele está se comunicando com você. E eu gosto bastante disso em uma narrativa. A linguagem simples e a ingenuidade de Charlie, porém, não agradou a todos - já vi muitos que não gostaram do livro justamente por isso.


Quotes
Agora é meu livro favorito, mas sempre acho que um livro é meu favorito até eu ler outro
p. 19/20 
 A gente aceita o amor que acha que merece.
P. 35. 
E naquele momento, eu seria capaz de jurar que éramos infinitos
P. 49 
Ando pelos corredores da escola e olho as pessoas. Olho os professores e me pergunto por que eles estão aqui. Se eles gostam do emprego. Ou de nós. E me pergunto se eles eram tão inteligentes quando tinham quinze anos. Não por maldade minha. É só por curiosidade.
P. 152 
Eu acho que todo mundo é especial à sua própria maneira. É o que eu penso.
P. 192

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