22 de outubro de 2013

As Palavras

Minha mãe assistiu o filme e, depois, ficou insistindo para que eu assistisse, falando que eu ia adorar! O livro contava sobre um escritor e falava sobre direito autoral (uma área do direito que me interessa bastante!). Eu vi que era com  o Bradley Cooper e eu fiquei ainda mais interessada em assisti! E, realmente, vale a pena assistir!


Rory Jansen sonha em publicar seu livro próprio. Nunca conseguiu escrever nada que considerasse realmente bom. Por falta de apoio do pai, Rory começou a trabalhar em uma editora, já que tinha que se sustentar e deveria ter dinheiro para ajudar, também, sua namorada, Dora. Ela, ao contrário do pai do protagonista, o apoia e admira sua persistência para que alcance seu sonho.

Durante sua lua de mel em Paris, após casar com Dora, ele entra numa loja de antiguidades e compra uma bolsa antiga. Quando volta para os Estados Unidos, descobre um manuscrito dentro da pasta - e não consegue parar de ler por um segundo. Rory fica com raiva, com vontade de ter sido escrito aquilo ele mesmo. Sem conseguir tirar a história de sua cabeça, ele resolve transcrevê-lo para o computador. 

Dora lê, por acasos o que o marido escreveu no computador, e, encantada com o que leu, incentiva a publicá-lo. Com o intuito de agradar a esposa, Rory mostra o manuscrito na editora em que trabalha, deixa seu chefe maravilhado e, ainda, torna-se um grande sucesso literário.

Ofuscado com a fama, Rory não tem tempo para se sentir culpado em ter publicado algo que não é seu. Porém, tudo muda quando um senhor, que nos é conhecido como "O velho", aparece, se identifica como verdadeiro autor do livro, e lhe conta o que realmente aconteceu por trás do texto que encontrou. E é aqui que descobrimos como foi a história que deu a Rory tanto sucesso.


Achei engraçado a semelhança desse filme com "Sem Limites" (resenha). Ambos, estrelados por Bradley Cooper, contam a história de um artista sem sucesso, que falha em tentar viver da literatura, e que, por um milagre, consegue fazer sucesso sem precisar de muito esforço (mas, enquanto um lado isso é feito por uma pílula da inteligência, do outro é por puro plágio). 

Outra coisa que me chamou a atenção é que a história de Rory é, na verdade, a narrativa de um livro - e que o autor, Clay, faz uma leitura para o público da primeira parte desse livro para um público, no evento de seu lançamento. Enquanto narra a história, ficamos com a dúvida se aquela história contada é a história do próprio autor do livro. Nessa parte do filme, também contamos com a presença de Olivia Wilde, que interpreta uma estudante que é encantada por Clay.

Eu gostei muito do filme - e imagino que conta a história de vários autores que duvidam de sua capacidade e que têm dificuldade em se encontrar na literatura e publicar seu livro. Ao mesmo tempo, mostra o lado daquele autor que ficou famoso com um livro e não sabe se conquista seus leitores apenas pelo nome ou pela qualidade do que escreve (o que podemos ver com J.K. Rowling escrevendo com um pseudônimo). Vale a pena assistir, recomendo!