15 de fevereiro de 2013

A Pele que Habito


O filme conta a história de Roberto, um cirurgião plástico que perdeu a mulher e, desde então, se dedica a construir a pele perfeita, que resiste a dor. Por mais que negue, por meio dessa experiência, o médico procura criar sua falecida esposa por meio da ciência.

Acrescenta-se, ao drama, o fato de a mulher ter se suicidado após ter cisto o Estado em que se encontrava e de sua filha ter sido estuprada - e culpá-lo por isso, uma vez que ele estava por perto quando acordou. Isso faz com que ela tenha o mesmo destino de sua mãe.

Doze anos após a morte de sua esposa, ele consegue criar a pele - e, para isso, o cirurgião atravessa diversos campos proibidos que muitos exitariam em cruzar. Roberto, inclusive, faz coisas inimagináveis, que muitos não conseguiriam nem pensar - realmente, coisas que somente loucos insanos e psicopatas (sem brincadeira) fariam.


O filme é muito pesado, como muitos de Almodóvar, com cenas pesadas de violência (principalmente sexual). Eu não sou grande fã do diretor, e esse filme não me fez mudar de ideia, mesmo tendo partes que me chamaram a atenção.

*spoiler*

É engraçado pensar, porém, no fato de um cara ser forçado a se tornar uma mulher. Ser obrigado a usar maquiagem, a usar vestidos e agir como uma mulher.

*fim do spoiler*

O que me atraiu foi a ideia da história: um homem querendo dar uma de criador de Frankstein e procurando criar algo para deixar os humanos mais perfeitos - com uma pele que faria com que sua mulher não se suicidasse e que qualquer pessoa que estivesse no lugar dela não ficasse deformada como ela ficou.

Para aqueles que gostam dos filmes do Almodóvar, podem assistir que com certeza o filme é uma de suas obras primas (juntamente com Volver). Para os que não são grande fãs da loucura do diretor, é interessante para conhecer a história - mas com certeza não é um filme essencial para sua vida.