27 de novembro de 2012

Zumbis x Unicórnios

Nome: Zumbis x Unicórnios
Autor: Diversos (organizado por Holly Black e Justine Larbalestier)
Editora: Galera Record

Comprei Zumbis x Unicórnios em um impulso. Nunca ouvi muita coisa sobre unicórnios e, apesar de não desgostar, nunca fui daquelas que adora histórias com o apocalipse zumbi. Quando vi esse livro, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a capa (sim, eu compro livros pela capa), então vi que, entre os autores, estavam a Meg Cabot (que eu amo) e o Scott Westerfeld (autor de "Feios", primeira série distópica que li e amei!).

Agora... Sobre o livro. No início de 2007, Holly Black e Justine Larbalestier entraram em uma grande discussão para descobrir qual criatura é melhor: Unicórnios ou Zumbis? A primeira defende os Unicórnios, seres "abençoados com o poder da cura, mediadores da justiça e, ocasionalmente, assassinos altamente treinados", em suas palavras. Justine, por outro lado, é defensora voraz dos zumbis, que "são a própria morte vindo a pé. Divertidos, impiedosos e aterrorizantes, não dá para fugir deles." 


A dúvida se alastrou por boa parte da internet e, para resolver de vez a questão, as duas chamaram vários autores para escrever contos defendendo as criaturas. Assim, quem estivesse com a dúvida, poderia ler todas as histórias e concluir qual deles é melhor! No livro, entre cada conto, Holly e Justine fazem breves comentários cômicos, mostrando o motivo dos zumbis serem melhores, ou vice-versa, trazendo um toque de humor para o leitor (elas são mesmo engraçadas, gente!).

Confesso que, por falta de informação, comecei o livro mais voltada a gostar dos zumbis. Apesar de eles serem nojentos que não pensam em nada (aparentemente), eles se interessam pelo cérebro das pessoas e não por sua aparência (hahahah). Além disso, os zumbis estão frequentemente na mídia (The Walking Dead, Zombieland, Eu sou a Lenda, etc) e, quem sabe, eles podem até ser parte do nosso futuro (espero que não!). Já os Unicórnios, de tão raros que são, também não são muito encontrados por aí! Só me lembro de ter visto um no primeiro filme/ livro de Harry Potter, na Floresta proibida, com Voldemont (aquele que não deve ser nomeado) tentando retornar à vida com eles. 

Antes de apresentar os times e contar um pouquinho sobre cada um dos contos, que tal dois joguinhos envolvendo esses seres? Ambos são muito divertidos e, é claro, que ajudamos o Unicórnio, protagonista do "Robot Unicorn Attack" (gosto muito dessa versão, mas amo a música da versão Heavy Metal!); e tentamos matar os Zumbis do Plantas x Zumbis. Já conheciam algum desses? Dá para passar horas jogando sem nem reparar no tempo passar!


TIME UNICÓRNIO


  • A Mais Alta Justiça: um reino corre perigo: sua rainha está morrendo. Jess, a princesa, só tem uma maneira de salvar a mãe e seu reino: chamar Elibet, um unicórnio que tem o poder de, finalmente, levar a justiça àquele reino. Nota: 2,5.
  • Teste de Pureza: Alison acorda ainda bêbada no meio da noite e se depara com um Unicórnio. Ele pede sua ajuda para encontrar filhorinhos que foram raptados por um mago que sonhava em ser imortal. É. Ela deveria estar muito bêbada para estar vendo isso. Cheia de sarcarmos, essa é a que eu mais gostei até então. Nota: 4,5.
  • Mil Flores: Manny estava bêbado quando vê a mais bela criatura que já vira na vida: um Unicórnio. Ele, então, segue o ser até um riacho, onde o Unicórnio some. Encontra, então, uma dama, deitada, com manchas de sangue e uma coroa na mão. Era a princesa. E ele, então, foi preso pelos guardas por tirar a pureza da dama e deixa-la naquele Estado. O conto é muito bem escrito, narrado por Manny e pelas criadas das damas. Mas é bizarro e a história não me atraiu. Nota: 3.
  • O Cuidado e a Alimentação de seu filhote de Unicórnio Assassino: no mundo de Wen, os Unicórnios são reais, sendo apenas uma espécie em extinção. Porém, as lendas que ouvimos sobre eles são falsas: eles são monstros carnívoros que atacam humanos. Wen sobrevivu a um ataque que matou seus primos e, desde então, evita se aproximar desses seres. Até que, estranhamente, resolve adotar um filhote de unicórnio. Gostei muito da história! Primeira que rendeu nota máxima aos unicórnios, fiquei com vontade de saber mais sobre eles (A Diana Peterfreund escreveu livros sobre esses seres!!) Nota: 5.
  • Princesa Bonitinha: Meg Cabot me deixou com vontade de ter meu próprio unicórnio. Colocado no cenário do colegial, especialidade da autora, conta a história de Liz, uma adolecente que ganhou um unicórnio de aniversário. Insatisfeita com o presente, ela percebe que contar com a Princesa Bonitinha é o único modo de salvar sua amiga Alicia de apuros. E tudo se completa quando ela começa a perceber Jeremy, seu melhor amigo, de outro modo (o que é típico da Meg). Nota: 4,7.
  • A Terceira Virgem: Conta a história de um Unicórnio, que só encontra prazer quando cura as pessoas - e, ao mesmo tempo tira suas vidas -, ou quando encontra um virgem para conversar. Esses são muito raros e os que trazem mais prazer: são as únicas pessoas que conseguem ouvir o que o unicórnio tem a dizer. O conto é muito bem escrito, mas é meio depressivo. Nunca pensei que viria um Unicórnio depressivo, assassino e suicida! Nota: 3,3


TIME ZUMBIS


  • Love Will Tear Us Apart: Grayson foi infectado por um príon que comeu parte de seu cérebro. Mas essa comilança parou, graças a uns cientistas, e ele continuou vivendo. Vivendo? Agora passa seus dias procurando carne humana, a única comida que gosta. Até que conhece Jack - e não consegue entender o motivo de não querer comê-lo. Para aqueles que curtem: o conto tem várias referências musicais! Nota: 4.
  • Buganvílias: Depois do Retorno, a vida de Iza nunca mais foi a mesma. Ela e sua família se mudaram para Curaçao, onde seu pai se tornou governador e garante a segurança de toda a população. Mesmo assim, Iza não se sente confortável. Vive assombrada pelos mudos e curiosa quanto aos piratas que se aproximam. A história é bem elaborada, variando entre o antes e o agora, o que nos permite conhecer bem a protagonista. O conto geraria uma história bem maior, o que me deixou com um gostinho de quero mais. Nota: 5.
  • As crianças da Revolução: Sophie, arrependida de ter ido a Inglaterra trabalhar em uma fazenda isolada, aceita o trabalho de uma noite como babá dos filhos de uma famosa que tem uma religião maluca. As crianças, porém, não parecem ser normais. O conto é muito bom e os últimos parágrafos me fizeram rir bastante! Nota: 4,5.
  • Inoculata: Allison vive isolada junto com outros humanos em uma fazenda de maconha. Não por causa da erva em si, mas sim pela área de cultivo e pela grade que os protege do mundo de fora - infestado de zês. Eles não tem plano de saída até que Kalyn se mostra imune aos zês. Será que isso é uma coisa boa? Nota: 3,7.
  • Mãos Geladas: Adele vive em Lychgate, cidade mais conhecida popularmente como Zumbilândia. Isso, pois, mesmo depois de mortos, os habitantes do ducado acordam para fazer companhia àqueles que amam ou se vigarem dos que lhe fizeram mal em vida. James, namorado de Adele e futuro duque do povoado, morre atropelado pouco antes de completar 18 anos, idade em que se tornaria o novo duque. Será que voltará a vida? Será que Adele quer isso? Nota: 4,3
  • A Noite do baile: A cidade foi cercada por um muro eletrocutado. Os adultos, expulsos. Jeff e Tahmina se viram encarregados de ser a lei em sua cidade. Em uma cidade governada por adolescentes, o baile da escola não podia faltar. O conto mostra a rotina da cidade na noite do baile. Gostei muito da escrita da autora! Nota: 4,5.
A batalha foi muito difícil e equilibrada. Os dois lados tinham ótimos representantes - como os unicórnios assassinos de Diana Peterfreund e o mundo distópico de Buganvílias - e deixaram a batalha mais acirrada. Mas, a minha primeira impressão foi a certa e os zumbis ganharam por 26 x 23! Realmente não é a toa que o tema é o mais explorado na mídia! E aí, já escolheram o seu lado? Comentem!